segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A (indi)gestão escolar


Arquivo pessoal
A notícia veiculada essa semana sobre um menino de 8 anos de idade, morador de São José do Rio Preto/SP, que foi repreendido pela diretora da escola onde estudava por gostar de rock pesado é mais um daqueles episódios patéticos que jogam na nossa cara o qual inútil ou inexistente é a formação dos gestores escolares no Brasil. Primeiramente, já é espantoso o fato de que o menino tenha sido mandado para a sala da diretora no primeiro dia de aula, simplesmente por batucar na carteira, simulando uma bateria. Isso já denotou total inabilidade da "professora". Mas nada supera a "sapiência" da diretora, que teve a "sensibilidade" de buscar na internet capas dos discos da banda Iron Maiden e dizer "serenamente" ao menino que suas músicas preferidas evocam o demônio e celebram a morte. Resultado: o menino não queria mais ir para esse interessante ambiente escolar e se afastou de seu violão e guitarra por um tempo.
Mas o pequeno Marcelo mostrou uma real atitude "Rock & Roll": mudou de escola e está esperimentando um ambiente que inclui até aulas de instrumentos musicais. Graças a Deus (e não ao "demônio) sua família possui recursos para fazer as escolhas certas e poder mudar de escola.
Essa diretora, ao meu ver, no seu arroubo religioso, ignorou totalmente o bom senso e, o pior, poderia ter reprimido e jogado no lixo um talento musical, afinal o menino se interessa por instrumentos musicais desde muito cedo. Sua atitude só demonstrou preconceito, intolerância e despreparo para a função.
“Eu quis despertar nele uma reflexão para a realidade", disse a diretora Ana Maria Fernandes. Sim, cara diretora, você despertou muita reflexão para a realidade da gestão escolar brasileira, em grande parte nas mãos de pessoas tão despreparadas quanto aqueles que estão em sala de aula. Uma professora que despacha um menino para a direção no seu primeiro dia de aula na escola, aliada à uma diretora sem noção da cognição infantil me fazem refletir sobre quais demônios realmente devemos temer. Oremos.

Leia a notícia completa aqui.

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